sábado, 28 de fevereiro de 2009

Song X - O "xis" da Questão




Song X - O “xis” da Questão: Por Renato "Hell" Albasini

Esse disco tem seu momento em 1985. Criado por Pat Metheny e por Ornette Coleman é o mais legítimo freejazz, houve uma versão comemorando os vinte anos desse disco em 2006 com o título de Song X: Twentieth Anniversary recheada de novas músicas completando a primeira versão. No mundo do jazz ( eu diria mundo da música em geral! ) essa obra é uma divindade para ouvidos sensíveis e alma leve. No instante que você ouvir a faixa número um mesmo que seja na versão de 85, você terá a sensação de estar diante de um verdadeiro disco de “heavymetal” do jazz. Ele é violento, rápido, veloz, harmônico e belo. Não há como sair incólume de sua audição. Meu irmão comprou em vinil esse disco na época e eu, ouvinte assíduo dos sons daqueles anos, fiquei chocado, estarrecido. É uma experiência única. Para os mais simplórios parecia que os músicos estavam “viajando” sem rumo. Isso seria, obviamente, uma constatação para pessoas que não têm o mínimo conhecimento musical ou nunca ouviram jazz que se acostumaram com a música mais sóbria, cool, que Pat Metheny produz por esses anos. Mas esse cd – hoje assim denominado– é um espetáculo pela técnica, improvisação, genialidade, criatividade e talento apresentado por quem sabe o que está fazendo. Você pode ouvir esse cd e achar que ele uma “massaroca” de sopros, timbres, guitarras, batidas quebradas sem parar, mas terá que dar a mão ( ou ficar de quatro ) para o que está sendo ouvido.


O cd de 1985/1986 trazia as seguintes músicas
"Song X" – 5:38
"Mob Job" – 4:13
"Endangered Species" (Coleman, Metheny) – 13:19
"Video Games" – 5:21
"Kathelin Gray" (Coleman, Metheny) – 4:15
"Trigonometry" (Coleman, Metheny) – 5:09
"Song X Duo" (Coleman, Metheny) – 3:08
"Long Time No See" – 7:36


E foram incluídas em 2005/2006:
"Police People" - 4:57
"All Of Us" - 0:15
"The Good Life" - 3:25
"Word From Bird" - 3:48
"Compute" - 2:03
"The Veil" - 3:42



Studio Album by Pat Metheny and Ornette Coleman
Released
1986
Recorded
December 1985
Genre Jazz
Length
48:39

Originally Geffen Records; now Nonesuch Records
Professional reviews


A formação:
Pat Metheny – Roland Guitar Synthesizer, Synclavier Guitar, Producer
Ornette Coleman– Alto Saxophone, Violin
Jack DeJohnette – Drums
Charlie Haden– Acoustic Bass
Denardo Coleman – Electronic Drums, Percussion
Jan Erik Kongshaug – Recording Engineer


Agora você pode achar o “xis” da questão.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

PROTOPUNK

Por Renato "Hell" Albasini

O que lembra você quando falamos nos anos 60?! No final dos 60 então?! Paz, harmonia, conturbação social, flowerpower, hippies...Mas não era só disso que as pessoas viviam. Elas buscavam algo mais. Deixar de lado essa coisa de tudo bem, tudo me paz. Havia inconformidade com essa pasmaceira que a geração estava engrenando e a acabando com o movimento.
Surgia nos porões e garagens das pequenas, médias e grandes cidades pessoas que viam a oportunidade de chutar o pau da barraca onde os hippies estavam. Entre tantos destaques, temos aqui uma turbina ensurdecedora: MC5. A banda foi formada em Detroit cidade chamada de “Motor City” ( por isso o nome MC5) por causa das grandes fábricas de automóveis. Iniciaram suas atividades no ano de 1964, idealizado por Wayne Kramer (guitarra) e Fred "Sonic" Smith (guitarra) que arregimentaram os outros membros Rob Tyner (vocais), Pat Burrows (baixo) e Bob Gaspar (bateria), eles começaram a tocar em festas de escolas e viraram uma febre entre os estudantes locais. O agito dos tempos os fizeram experimentar novos sons, passando a usar a distorção nas guitarras como linha melódica ( assim como Jimi Hendrix, porém de maneira mais tosca e crua ), mais ruidoso, quase levado ao extremo, um som bem mais agressivo. No ano de 1966 entram no grupo Michael Davis (baixo) e Dennis Thompson (bateria). Esta formação proporcionou ao quinteto uma série de shows de destaque no cenário de Detroit abrangendo uma leva enorme de fãs. No ano seguinte eles conseguem gravar um single I Can Only Give You Everything. O maior trunfo e pontapé nos países baixos da moralidade americana aconteceu com seu primeiro álbum, Kick Out the Jams, gravado ao vivo no Grande Ballroom (1968). Um disco ao vivo como sendo o primeiro já causava estranheza, um fato raro, imagina ainda com a linha de criação dos MC5, com suas letras recheadas de idéias revolucionárias e muitos palavrões, eles conseguiram além do gosto do público mais alternativo, dar de cara com a censura. A polícia era “convidada” freqüente nos shows e os componentes do grupo ficavam sempre bem “hospedados” nas delegacias. Para ver o impacto das letras e postura do grupo apenas ouça a faixa título do disco que abria assim: “Kick Out The Jams, Mother Fuckers!” (Vamos detonar, filhos de uma puta!). A gravadora tentou mudar a frase para “Kick Out The Jams, Brothers and Sisters” (Vamos detonar, irmãos e irmãs!) para futuras gravações, hoje em dia pode se conseguir a versão original nos The Best of espalhados por aí. O grupo não acertou comercialmente, mas continuava seu legado no mundo underground. Encerraram suas performances no final de 1972. Ressurgiram com a onda revival do final dos 90 e com o saudosismo comercial dos anos 2000 a 2005 com uma série de compilações reeditadas. Mesmo com todo o arsenal sonoro que se dispuseram em desenvolver, como influenciadores da música punk, powerpop, guitar bands, alternatives, segundo relato de Wayne Kramer, ele sempre preferiu free jazz. Isso sim é ser punk!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A FELICIDADE ERA UM PACOTE DE BISCOITOS DOS MONSTRINHOS CRECK E UM LP DO BOZO (por Tommy W. Beer)


A FELICIDADE ERA UM PACOTE DE BISCOITOS DOS MONSTRINHOS CRECK E UM LP DO BOZO (TOMMY WINE BEER)

Por desleixo (comportamental e econômico) deixei de cortar o cabelo. Então miro-me no espelho e vislumbro a velha cachopa de cabelos duros e embaraçados que tantas piadas sarcásticas aguentei na escola. Ainda muito parecida com a dos anos 80/90, exceto por alguns fios brancos.
Some-se a isso meu retorno a Ipanema, na casa de minha família, depois de uns dez anos rolando como uma pedra por POA e Camaquã. Inevitável ter pensamentos nostálgicos num feriado de Carnaval envolvendo minha tenra infância. Ipanema, entre 90-94, era o bairro do poderoso IPANEMIRIM,temida equipe de futebol, e o local onde funciona aquela NULIDADE chamada CHALAÇA, era nosso C.T.onde Eu, Leandrão, Devagar e tantos outros aprimorávamos nossos dribles, chutes e passes. Eles podem ter derrubado os descomunais Eucaliptos que existiam em nossa arena de treinos, mas não podem fazer o mesmo com a memória de nossa apaixonada torcida formada por tiétes voluptuosas!
Retrocedendo ainda mais, lá por 86-89, eu era uma espécie de prisioneiro, passava todas as tardes com meus avós, que moravam na casa da frente. E como eram longas aquelas tardes de Inverno! Meu pai bebia freneticamente, e trabalhava como vigilante na antiga FEBEM da Padre Cacique; Já minha mãe promovia o refresco Tang em Super-mercados. Tempos duros em que a única TV vivia nos deixando na mão. Tinhamos de deixa-la uns quarenta minutos pra “esquentar” as válvulas.Quando a “geniosa” ligava, que não era sempre, assistia o Clube da Criança com a Xuxa ou Angélica.
A redenção dos dias de tédio vinha no início dos meses. Dia de Ordenado dos meus pais! Meu genitor com seu perfil pragmático de sindicalista de esquerda, “pagava” em espécie, o que não era de todo o ruim; Mas a mãe era muito mais mirabolante!: Trazia mimos e prendas subitamente! Uma iguaria inigualável ela adquiria nas Lojas Americas. Os geniais biscoitos dos Monstrinhos Creck! Biscoitos deliciosos sabor Chocolate, Nata e Morango, que vinham com a mordidinha do monstrinho em cada bolacha.
Mas a verdadeira REVOLUÇÃO deu-se quando alguém teve a idéia de consertar o Aparelho de Som. Putz, o Toca-Disco funcionando a todo o vapor! Meu pai tinha um disco do Chico e o “Papa é Pop” dos engenheiros. Estes eram os que eu mais gostava! Mas de alguma forma aquela música me escapava. Eu precisava algo com que me identificasse mais. Canções em que ritmo,a melodia e os versos cantados me transportassem pra outro lugar, que me inspirassem a transcender e transgredir, Eu precisava encontrar a música ideal pra ser a trilha sonora de meus 8 anos. Então numa tarde ensolarada os Deuses sorriram pra mim, e minha mãe desceu do Juca Batista com uma sacola bem grande com 2 LP’s. Tratavam-se dos Discos dos meus dois grandes ídolos da TV: Sérginho Malandro e o Palhaço Bozo! Ali encontrei fuga e redenção para aqueles dias maquinais. Forgei meu caráter, meu senso estético.Pirei para todo o sempre!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ohm Sweet Ohm


Por Renato "HELL" Albasini

Há o ranço natural das pessoas contra a música eletrônica. Já sinto uma enxurrada de xingamentos, mas e daí?! Quem não tem uma pedra, dá tempo de ir buscar. Fico esperando. Ah, enquanto isso...
Temos aqui pra ressaltar um dos grupos mais importantes da música pop universal. Grupo que surgiu no final dos 60 como um grupo de musica progressivo, mas com a intenção de criar uma sonoridade mais intrínseca, mais contida, com intensidade sonora influenciada pela ficção científica e pela conquista de novos horizontes, de novos mundos a serem descobertos; o homem pisando na Lua e tudo o que isso poderia causar na criatividade humana. Usar isso de uma maneira com um humor cáustico e corrosivo contra o abstrato mundo calcado pelo flower&power que morria dentro do sistema. Perdia-se a tão propagada inocência que vinha das Américas para o resto do mundo. Na Europa surgiam pequenos movimentos que iam contra a mesmice e corriam idéias. Na Alemanha o seu avanço cultural facilitou o surgimento do Kraftwerk.
Kraftwerk, que em alemão significa usina de energia é o grupo que inventou um estilo de música techno enfatizada por sintetizadores e que criou as bases da música eletrônica atual. Os seus fundadores são Florian Schneider e Ralf Hütter no início dos anos 70, eles tinham formação clássica e ambos estudaram engenharia de som, contaram com o apoio e acompanhamento de outros músicos, quando apresentavam-se ao vivo principalmente. Com o passar do tempo, o grupo assumiu a idéia de ser um grupo eletrônico, com a obsessiva idéia dos seus líderes, a robótica, proliferava suas linhas de linguagem. A formação que mais teve peso para o grande público foi entre os 1975 e 1987 que incluía os tecladistas e percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos .
O Kraftwerk introduziu além dessa postura musical, técnicas mostrando um cenário multimídia, e visual que causavam furor em horas de apresentação sem manifestar nenhum movimento “humano”. Eles desenvolveram também equipamentos para estúdio, que se tornaram elementos comuns na música moderna. A banda é considerada pelos críticos como uma das mais influentes tanto quanto The Beatles na sua participação da música pop do século XX e continua sua saga nesse próximo século.
Eles baseiam suas letras com temas que lidam com a vida urbana e a tecnologia européia pós-guerra, cicatrizes do povo alemão, sempre servem como alerta para os erros dos humanos – vide o fundo do palco onde frases são repassadas como alertas de uma usina em contagem regressiva, pronta para explodir. Um dos discos ( seriam uma dezena, no mínimo ) mais interessantes e criativos é Radioactivity de 1975. Onde foram usadas chapas fotoeletrônicas para fazer sons, teclados, sintetizadores, experiências com radioamador, código Morse e uma centena de ruídos. É um marco pela técnica e experimentalismo com consciência e estudo. Tão profundo e virtuoso quanto qualquer megagrupo de rock do anos 70. Nos anos 80/90 eles influenciaram e foram sampleados por grupos de RAP, hiphop, funk, Miami base( ou funk carioca), rock, e afins mostrando sua grande importância. Em março eles vêm ao Brasil abrindo shows do Radiohead, quem puder não tenha medo, os astronautas não são deuses. Aperte os botões e acione seu chip para receber as informações.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ultratango





Por Renato"Hell"Albasini

O dia, com o Sol à pino coroa sua sombra no meio da avenida, coberta de asfalto e concreto. A ilha de edifícios o cerca. Na ruidosa guerrilha urbana de veículos, você quer apenas ouvir um som novo ou um velho som que lhe faça a cabeça em todos os sentidos, sejam quaisquer um que você queira superativar. Não pretendo ser o senhor da razão, mas expor opiniões que podem lhe render um divertimento.
Uma das verves mais recentes desses últimos anos, final dos 90, início de 2000 até agora surge com força no cenário musical/multimídia latinoamericano. Sons estes que vinham há muito tempo sendo fervilhados na cabeça do saudoso e criativo Astor Piazzola. Considerado um dos pais do Tango moderno onde misturava influências do Jazz com o Candomble e com o próprio tango daqueles de Carlos Gardel. E seus filhos e netos foram crescendo com as novas influências do mundo contemporâneo. Arte acima de tudo. O uso de imagens, eletrônica, tango, ritmos regionais, dança, performances, criatividade de olhos abertos para o que está ao seu redor sem nunca rejeitar ao passado e nem torcer o nariz para o presente estendo as mãos para o futuro. Temos exemplos bem interessantes: Gotan Project, grupo que tocou em Porto Alegre há dois anos num espetáculo memorável. Acompanhados de uma vocalista cantando todas as lamurias e desolações do Tango com suas linhas melódicas doloridas, enquanto ao fundo do palco reinava imagens de filmes, do anos 50, fotografias em preto e branco, cenas de Buenos Aires recentemente desfocadas super saturadas dando expressionismo aos olhos da platéia. E no meio de suas inserções um casal desliza sobre o palco na sensualidade dos passos do tango. O clima noir, com luzes brancas criando auréolas sobre os músicos. Estes, acordionistas, violonistas, violinistas e dois djs com seus macintosh´s dando a batida eletrônica que nos leva do trip hop, hip hop, dance de um conjunto de percussão, na combinação agradabilíssima e interessante. Ouça, veja, La Revancha Del Tango, sem medo. Não se trata de um paquiderme congelado nos seus fósseis, mas na busca que há algo mais a se ver. Grupo argentino( que sempre tiveram esse acervo com a modernidade, não se pode negar) se tornou um dos nomes mais requisitados em trilhas sonoras, shows pela Europa, em Montreux e serviu como referência para muitos grupos no mundo todo. Outro que merece destaque é do sexteto( 3 argentinos e 3 uruguaios) chamado Bajofondo. Eles já têm uma tendência mais comercial, visto o último disco deles Mar Dulce que conta com a presença de Nelly Furtado( Slippery Sidewalks), Elvis Costello ( na linda Fairly Rights ), a rapper argentina Mala Rodriguez ( El Andén ), Juan Subirá(um tango maravilhoso na voz rouca em Hoy), o pop de Gustavo Cerati(El Mareo) entre outros, com uma batida mais ritmada, com mais ênfase ao hiphop, com bateria orgânica, e instrumentos eletrônicos também nos fazem a ouvir uma nova idéia de som. Mesmo que eles tenham enchido um pouco o saco com a música Pa´Bailar que se tornou trilha sonora da última novela da Globo. De resto é interessante saber o que há por aí. Goste ou não o mundo não pára.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

"Não é por não falar em felicidade..." (SÂNNIO)



Nem só as mães são felizes,meus caros!

Ás vezes até os netos!...

Mais como ser passível, frente a banalização da calça de academia!!!!

Fico pasmo, com o uso abusivo da mesma!!!

Antes (era pré neolítica), você (sujeito macho esteorotipado que cospe no chão), rezava, paganizava...

E em casos mais extremos sacrificava, para ver alguma delas circulando e rebolando por aí! Hoje em dia (era pós Bill Clinton), você as encontra em todo lugar!!!

A imagem sadia, sarada e gostosa de Olivia Newton John (chacrete gringa,para os leigos) dançando e rebolando seu traseiro "gotozinho", ao som de Physical, está sendo substituída, pela imagem agora já tão comum, da sua vizinha "fofinha" e que jura ter começado um novo regime...
Usando calça de academia!!! E colada!!!!!- Ah! Vá pra...
Sei, que mais uma vez, estou sendo machista e desagradável... (um ponto de vista bem comum, entre as senhoritas que não depilam em baixo do braço!)
Mais no fundo eu acho ótimo!! Não acho nada chique!(Ai!Ai!Ai!Ui!Ui!)... Mais acho ótimo!!! - Eu quero mais é rosetar!!!!

Se esse é mais um passo da liberação feminina... [Observação:Liberação feminina,não é quando ela pede para sair só com as amigas e você(tonto)deixa!
E é um pouco mais que um titulo que algumas meninas de voz grossa e cantoras de mpb inventaram para poder pegar mais mulher! Liberação feminina, resumidamente, é o auge do: "-Na minha casa,ou na sua?"]
A calça de academia banalizou-se...E minhas ereções, perderam a magia! Hoje (era pós vídeo da morte do Saddam), elas vem e vão, como ondas melancólicas, há espera de um fetiche mais underground!!! (Suspiro,enquanto Willie Nelson a o fundo canta "What Wonderful World").

Por In.Sannio(*Um dos últimos amante á moda antiga."-No final só vai restar um!")

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

SÉRIE LOUCA ENTREVISTA (por PRETA)



Com o propósito de apresentar um perfil bacana, pra que se possa conhecer um pouco mais de nossos colaboradores resgatamos aqueles antigos, cômicos e infames QUESTIONÁRIOS de meninas dos tempos de escola.



Dessa vez o entrevistado é Tommy Wine Beer. 29 anos. O dreno frenético de vinho e cerveja.




LOUCA: Conta uma experiência marcante na escola cara!
TOMMY: Putz, tem uma história boa dos tempos da escola, em que Cremogema e Eu mangamos da profa. De Moral e Cívica. A profe lecionava à respeito do cuidado que as meninas haveriam de tomar ao ir em festas. Como conhecíamos sua filha da escola, e era garota pouquíssimo formosa, dissemos a nossa mestra que NÃO havia com que ela se preocupar em relação a sua amada filha, que nenhum MAL-FEITOR OUSARIA de abusar de sua PUREZA, sendo ela tão desprovida de FORMOSURA. Aos ouvir este comentário nossa professora ficou COLÉRICA e foi ao nosso encontro AGREDIR-NOS, DESFERINDO golpes de caderno contra a gente. Nisso fugimos da sala, e fomos tomados de um acesso invencível de GARGALHADAS, e a diretora da escola ligou para nossas casas informando aos nossos pais que estávamos sobre efeito de NARCÓTICOS. Detalhe tínhamos 14 anos e NUNCA haviamos colocado uma gota sequer de álcool na boca sequer.

LOUCA: Gostava de brincar com o que ou de que quando moleque?
TOMMY: Gostava de fazer estórias em quadrinho quando era bem moleque e como NÃO sabia desenhar, criei personagens com traços bem simples: o “ovinho” que era em formado esférico, o “quadradinho” de formato quadrado etc ... ah e também brincar com bonequinhos de forte apache, ocorre que o braço do meu “chefe apache” havia sido amputado, então eu dizia que ele tinha um mega-poder que o deixava com o braço invisível.

LOUCA: Fale um pouco sobre seus animais de estimação; e da sua relação com a família: avós, irmãos e pais, OXALÁ aquela PRIMA (O) GOSTOSA (O).
Tommy:Minha casa era um verdadeiro zoológico: Galos de rinha, patos, codornas, porcos-da-índia. Hoje tenho 2 cães: Madruguinha e Lázaro Bandini.
Meus pais trabalhavam o dia inteiro, e passei grande parte de minha infância com minha vó Cecília que tinha duas hortas em Ipanema que nos divertíamos muito indo pra lá ajuda-la: recolhendo bosta de vaca pra adubar a plantação de morangos e espinafre.
E a minha prima gostosa é o Garça.

L.O.U.C.A: Conta aí de uma grande “arte”/aventura da tua JUVENTUDE, e PRINCIPALMENTE de sua exemplar punição.
Tommy:Fizemos uma viajem clandestina até o LAMI, Mutuca, Vitor, Celi e eu.

L.O.U.C.A: E tua relação como “fritador de cérebros”, TV? Cite um desenho animado que marcou sua vida, e/ou série ou programa de auditório bacana que tu tinhas como compromisso fiel e rotineiro; E o que tu gostavas (gosta) de desenhar?
Tommy R: Gostava de ver a Xuxa fazendo ginástica com suas pernas intermináveis, muita homenagem eu fiz pra rainha dos baixinhos.
E adorava desenhar papagaios, e me achava o melhor desenhista de papagaios do mundo, até o dia em que o PICO destituiu-me de meu reinado, com seu traço invencível, seus papagaios pareciam dizer “loro quer biscoito”.

L.O.U.C.A: Um livro, gibi ou revista que colecionavas, ou era muito fã, leitor assíduo nos primórdios de tua juventude e que tenha dado aquele up-grade em relação à leitura e/ou escrita?
Tommy: Gostava mesmo era dos álbuns de figurinhas do campeonato brasileiro. Só que eu nunca completava. Também me marcou muito descobrir BUKOWSKI por mim mesmo na estante de livros de meu pai.

L.O.U.C.A: E Que MODELO de bicicleta tu tinhas na infância, e como se dava tua relação com ela e a molecada do bairro?
Tommy:Eu tinha CALOI-CROSS-P.R.O, me orgulhava dela pq. os sabidos de bikes diziam que ela tinha umas peças de “ligth” que era uma super bicicleta.

LOUCA: E como foi (é) tua experiências com os ESPORTES enquanto “atleta” seja na escola, escolinhas, várzea e praças? E enquanto torcedor, fala do teu elo com os TREINADORES e CRÔNISTAS de futebol?
Tommy: O futebol me salvou na escola, pq. eu era fraco, não sabia usar os punhos, e não tinha amigos fortes. Só que eu era um atacante razoável então os caras da minha turma precisavam de mim pra enfrentar as outras turmas da escola, por isso me poupavam do espancamento que por exemplo aplicavam em louser´s como o Luciano Rosa e o Rafael Ferrado.
Jogava basquete também, inclusive fundei um time chamado Ipanema Magic Ducks, e mais tarde os “Biguás Atômicos. Ambos sempre vitimados com derrotas acachapantes.
O Celso Roth é um chato de galochas! Os cronistas são míopes, gosto do Cláudio Cabral da band AM-640.

LOUCA: Conte sobre uma surra, ou uma fuga providencial e covarde.
Tommy:Tomei 2 murros do Perninha lá da Vila, e nunca mais quis brigar. Daí sempre lancei uso de fugas providenciais e cobardes.

LOUCA: Filosofe sobre um grande fora de uma garota; E um rabo ou rola que tens/tinha como sonho de consumo (holliwoodiana, brasileirinhana, do bairro ou colega de trabalho)?
Tommy: Eu como precursor da ABORDAGEM KAMIKASE não temo os foras.
Tommy: Eu queria conhecer a Joan Baez, que é a minha musa eterna.

LOUCA: Um Grupo musical que tu ti arrependeu de ter comprado o LP ou ter usado uma camiseta desfilando por aí todo pimpão?.
Tommy: Meu passado me condena eu era um admirador da arte do pagode mela-cueca nos anos 90.

LOU.C.A: Uma breve resenha sobre algum oportuno registro de tua relação com os narcóticos e os Psicotrópicos!
TommY:Livros do Bukowski, Canções do Bob Dylan, corpo de mulher e basquetebol são as coisas que me proporcionam as mais loucas sensações em minha nada mole vida.

LOUCA: uma FIGURA PENAL que lhe desperta INTERESSE? E se fosses preso por qqr razão dedicaria o tempo livre na Prisão a que atividades? E que nefasta conduta atípica gostaria que fosse tipificada como CRIME HEDIONDO?
Tommy: No Direito Criminal eu me filio a corrente abolicionista, que advoga a supressão total do código penal.
Na prisão eu teria como atividade primordial sobreviver e preservar minha integridade física e moral.
Mas acho que gostaria de ver tipificada como crime hediondo o abate de animais pra consumo de suas carnes pelos escrotos humanos.

LO.U.C.A: Ping-Pong “MESA DE BAR” – Com quem, Pediria que drink e falaria o quê (comentário ou pergunta) para:
(Numa mesa de bar com _______________ beberia_____________, e diria __________________________:

A)Bukowski – tudo que tivesse alcool no bar e diria “vamos descolar uns rabos!”

B)Scarlett Johansson – Até cicuta, e diria com a ajuda de um tradutor ou com legendas douradas da sony “tu é mais Deusa que Mulher!”

C)Presidente Lula – a canha mais ordinária e diria “institua o bolsa cachaça”!

D)Tiririca – Beberia leite de cabrita e não diria nada pq. iríamos ter frenéticos e invencíveis acessos de risos ...

E)Presidente Barack Obama – a bebida mais forte do buteco e diria “vc é o novo Keneddy!”

F)Homer Simpson – Duff claro e diria “olha aqui minha barriga peluda e dilatada é mais escrota e feia do que a tua!”

G)Luis Fernando Veríssimo – acho que um VINHO CHILENO e provavelmente não dissesse nada de tão radical emoção tomaria meu ser. O L.F. VERÍSSIMO é o cara!

H)Amy Winehouse – Chá de Losna e diria “essa tua postura é deveras clichê, vai pro inferno!”

XIX. Ping-Pong II: Dê o LIVRO, ouça a MÚSICA, assista COMIGO!!
a)DISCO pra ouvir arrumando o barraco (CREMOGEMA deve desconsiderar essa pergunta)?
The batle of Los Angeles, do RATM!

b)LEITURA sentado no vaso sanitário?
Caras.

c)LEVARIA SCARLETT JOHANSSON, GAEL GARCIA BERNAL, TIRIRICA, todos, ou 2 deles? pra assistir o que no CINEMA?
Levaria Scarlett pra assistir Sociedade dos Poetas Mortos”.

d)Pegaria um cineminha com a SHARAPOVA, tenista, BECKHAM, ZÉ DO CAIXÃO, ou alguns desses pra assistir o que?
Levaria a Sharapova pra assistir um filme do Zé do Caixão, abraçado a coitadinha pra ela não sentir medo.

e)Que livro você presentearia ANGELINA JOLIE e o BRAD PITT (1 PRA CADA)
Pra Jolie eu acho que POESIAS da FLORBELA ESPANCA.
Pro Pitt um de AUTO-AJUDA.

f)CANÇÃO pra ouvir fazendo AMOR encharcado de cabernet sauvignon e entupido de chocolate suíço?
Joana Francesa dueto de Chico e Fagner.

g)TRILHA sonora pra acompanhar a execução de seu arqui-inimigo?
Carmina Burana ou Florentina.

h)Organize uma espécie de INDEX de alguns livros que lestes e GOSTARIA de jogar na fogueira. Moreninha, Camões ... tudo uma chatice.

h)Imagine uma adaptação para o cinema de ON THE ROAD do Jack Kerouac, em que você e o Tiririca, são Sal Paradise e Dean Moriarty, e estão por uma linda estrada estadunidense, num carro roubado, acompanhados de suas garotas, interpretadas por Angelina Jolie e Scarllet Johanson. Qual seria uma boa trilha pra essa cena?
Creedence certo. E tinha que ser no Opalão-show do meu coroa!

i)Sugira um LIVRO, um FILME e um DISCO pro seu SUPOSTO filho desfrutar com uns 15 ou 20 anos.
Misto-Quente, Pergunte ao pó e Dom Quixote;
Cão sem dono, O Povo Contra Larry Flint me ocorreram agora ...
The Times they are a-changin do Bob Dylan.

LOUCA: Que razões ti levaram a aceitar o emprego de agente da L.O.U.C.A?
Tommy: Eu empreguei o pessoal na verdade, minha intenção era me divertir escrevendo com uns amigos maneiríssimos que são Hell, Pico, Preta, Garça, Sânio e o Cremogema.
XV. E se te fosses confiado por uma hora a corneta paralisadora do Chapolim e o poder da visão de raio-x do super-man que ATITUDES CONDENÁVEIS tu empreenderias?
Tommy: A corneta eu usaria pra verificar se o Roberto Carlos tem uma perna mecânica mesmo, e se é verdade que a Elke Maravilha é mulher mesmo.

E usaria a visão de raio-x pra bater umas chapas do meu tornozelo que quebrei uma vez e ainda dói.
XXI) Por fim, que epígrafe ou sentença gostaria de ver registrada na tua lápide?
Tommy: Pra me ENTERRAR só comigo MORTO mesmo.