sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Recado ao Descaso, por Renato HELL Albasini


O descaso total e absurdo de ações e atos esmorecidos por suas vidas. Sempre com motivos de atrasos. Sempre os motivos. Ou a doença de um ente querido ( ou nem tanto ), uma noitada regada a todos os excessos desnecessários até o amanhecer, a menstruação que castiga e derrota o corpo, o romance que não é deixado de lado, a cama ainda com seus braços agarrando de volta às vezes com um outro corpo devorando-o, cólicas que somatizam toda a sua vida, o medo de colocar os pés no chão nem tão frio, a vontade de jogar tudo pra cima, mas como fosse um escarro ele vai descer e cair bem no seu rosto.


O descaso total e absurdo de omissões na falta de atitudes por suas vidas. Nunca com motivos suficientes. Nunca os motivos. Ou ficar em casa com roupa de baixo olhando a televisão como um guia espiritual, ir com o jornal debaixo do braço ao banheiro folheando a vida que o cerca sem se aproximar, brincar no twitter com sua vida que ninguém ao grosso modo se interessa, buscar sexo, apenas sexo com pessoas que você sabe que sentem algo por você e no final sentir o vazio tanto sexual quanto emocional ocupar o momento, entrar em joguinhos sem razão a partir do playstation e vangloriar-se das vitórias nas costas dos outros e olhar-se nos olhos de quem você ama se apagando.


Duas faces da mesma moeda. Esfregue-a no chão. Encandecente. Coloque na pele, se quiser. Sinta. Coloque na água corrente, observe. Apenas faça algo. Não fique parado numa pagina na internet.....

domingo, 10 de outubro de 2010

MISTER HYDE (SANNIO)



Arte Gráfica de Tommy Wine Beer

Tomado pela revolta dos sutiãs incendiados. Tomado de desejo, ira, soberba e de três rabos de galo e duas cervejas... Ele surgiu! Seus olhos eram vermelhos, como o primeiro dia de menstruação de uma libélula gótica. E de sua boca saiam abominações odiosas, que destoavam completamente de seus cigarros mentolados. Veio sem prevenções e tomou tudo o que eu tinha. Ainda hoje posso ouvi-lo. Urrando por sua libertação. Para que sua indomável sede de corpos e álcool venha assumir de novo o meu caráter (ou o pouco que resta dele).

Maldito é o que sois! Nefasto são os teus caminhos e maquiavélicas as tuas ambições. Sim... Sou um pobre homem! Atormentado pelo fantasma que assombra o meu reflexo. Longe dele detenho posses que não possuem ao materialismo. Mas em sua companhia. Meu único pertence é a esperança de ainda ter me restado algo, no dia que sucede sua desgostosa visita.

Rogo para que não venham a topar com tal sinistra figura. Pois podem perder bem mais do que o tempo que lhes restam.

VERDADES SOBRE GUIÑAZU (PICO)


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MUDANDO O HUMOR, por Renato HELL Albasini


Nas idéias hilárias que a vida teima em contar em nossas histórias através de piadas com gostos duvidosos, vivemos dia a dia...
E como fôssemos apenas frases, nos perdemos em nossos atos, sejam eles perversos, patéticos ou apenas atos impensados nas dialéticas menos inteligíveis resumimos a nossa essência no preâmbulo de nossas convicções cá entre nós, tanto duvidosas, e nelas nos afogamos no que chamamos de amor seja lá o que for isso!
O susto maior não é o espanto que lhe causa estranheza, mas no estranho momento entre a lucidez e a vontade de abrir as portas do seu inferno...Sim, você tem um inferno particular.
Aplausos cálidos vindos das entranhas do corpo alheio.
Que sem dizer uma palavra permite um caminho para perambular a esmo. Findo aqui...Inicie, então.