domingo, 28 de novembro de 2010

O CAMINHO DO ARCO-ÍRIS (Sannio, Screeth & Tommy Wine Beer)

Foi no Rossi. A ideia partiu do mais novo colunista do blog: Screeth. A Preta (sortuda) já havia achado um saco de folhas de ofício na José do Patrocínio. Cada um escrevia um período ou meio. Uma suruba literária no mais puro improviso etílico! (O respectivo autor de cada sentença está com seu nome registrado entre parênteses) Sorvam-na como se fosse o último copo de Kaiser quente.

"A cerveja doira sem Literatura"
Tommy Wine Beer.


Era uma vez (Screeth) um veado chinês (Tommy), e isso nunca o impediu de ser um poliglota (Sannio). Pois nascera sob sol em peixes (Screeth) e dava aula de mandarim na Universidade da Restinga.(Tommy)
Ele não tinha dó das partes íntimas (Sannio), e foi assim que conheceu aquele menino de 3 bolas (Screeth): convidou-o para jogar seis-Marias e fumar maconha (Tommy).E viu nele um amor do passado passageiro... (Sannio) só que não podiam viver juntos pq. este antigo amor (Screeth) na verdade era seu ½ irmão estadunidense chamado Bambi (Tommy).

Um estereótipo típico dos devaneios masturbatórios (Sannio) motivou-o a tentar o suicídio (Screeth)com discos do Fresno e uma bolsa DG recheada de piticos (Tommy).
E seria esse o início de um novo fim (Sannio), não tivesse a flatulência lhe acometido antes da morte (Screeth), eis que teve um puta insight: engarrafar flatos, produzindo metano para utilização em termelétricas (Tommy). O espírito feito gás, a vida em uma virilha suja (Sannio), faz a gente pensar...(Screeth)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Silêncio Que Antecede A Dúvida (Sannio)


Vermelha.
Vermelha. Nem é nome de cor.
Vermelho, talvez fosse o correto. Talvez ...
Vermelho são as cores das rosas.
Rosas com “s”. Não com “z”, como a Roza do filme do Furtado.
Que eu assisti sentado.
E prostrado também, sobre as minhas próprias incoerências.
Acho que a minha amiga gosta do silêncio.
Eu não gosto!
Tenho outra amiga também.
Bem, eu acho que ela é minha amiga.
Eu não gosto que ela seja só a minha amiga.
Mas gosto menos do silêncio.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Área Verde (Pico)

Quando as estrelas Começarem a Cair (Sannio)‏

E fiquei ali. Olhando ela pular.

Hipnotizado pela ninfa. E sibilando ao seu redor.

Por um instante sábio. E também tão cansado da vida.

Como se me pesassem os anos nos bolsos das calças.

Tão apreensivo e pesaroso de seus próximos movimentos.

No âmago das sensibilidades. Tolo de novo.

Me exonero da culpa.

Porque a culpa é a dor da aventura que nunca ousei.

Eu fiz!

E se no futuro eu for julgado pela minha falta de bom senso.

Pedirei a forca.

Que se liberte o meu espírito.

Pois só hei de calçar os pés sobre o meu próprio caminho.

sábado, 13 de novembro de 2010

Um conto hermânico (Sannio)



Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor”
(Los Hermanos)

O vento vira as páginas dos cadernos jogados ao chão sobre as roupas coloridas. Sobre as cores e os xadrezes.

A fumaça do incenso faz a curva na janela semi-aberta do quarto. A cama geme gentilmente. Fazendo esforço pra calar-se.


Um dos braços bate no cinzeiro cheio. Derrubando as cinzas, as bitucas de cigarros. Os restos de papéis amarelados. As bitucas...

Dois corpos curiosos se esfregando, friccionando, sentindo: o rosto da jovem roçando na barba do jovem mancebo. Os pêlos "guevarianos" do "filho tropicaliano" formando ondas nos montes, nas planícies, na relva...
E o rádio, cúmplice da libertinagem bagaceira, sussurrando "Los Hermanos" sem parar.



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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Feira de Obras (Nórton)


Quem quer tijolo, compensado, cimento? Bem barato... Vem aqui.



A 56° Feira de Porto Alegre não será de livros. Em meio a tijolos, compensados, restos de cimentos, barro e uma, pasme, passarela de tapume será a 56º Feira de obras!



Cúmplices que tramaram antes mesmo da inclusão de Porto Alegre como uma das sedes do mundial, Fogaça e Fortunati arquitetaram um plano que começou a ir por água abaixo.



O Fogaça achou que ia engatar o Estado, assim como engatou dois mandatos na cidade, deixando a maioria das obras para anos de eleições e angariando votos à força. Deu-se mal, perdeu logo de cara, tufe, levou uma rasteira. Seu amigo de figurinha lhe deu uma força, noticiou deveras obras em P. Alegre, projetos colossais. Porém tais projetos para a Copa de 2014 subiram tanto à cabeça do ex-secretário da SECOPA e, agora, atual Prefeito, que esse se esqueceu das tradições da nossa cidade, vergonhoso.



As obras de rejuvenescimento da nossa Praça da Alfândega não ficaram concluídas, como muitas das obras que são apenas mascaras, quando vemos de perto não passam de vazios monetários. Ficando com tapumes em seu entorno durantes os meses que precederam as eleições e agora extirpados à força mostraram uma Praça, mostraram um... em meio a isso, àquilo, ao resto, escombros... canteiro de obras.



Essa será a nossa Feira do Livro este ano.