quarta-feira, 20 de julho de 2011

VELHO SAFADO-FOREVER YOUNG (Tommy Wine Beer)




Tá se comparado ao Mendel que faz 189, eu nem saí das fraldas. Hoje completei 32!
Desculpem-me só que tô deveras saudosista hoje. Lembrei Mano Caetano!
Ah, aquelas minhas ereções de 10 anos atrás, eu tinha um verdadeiro guindaste, capaz de transportar uma toalha molhada por metros. E aquele esgicho de porra como era mais potente, de uns 50, 60 cms!
Porra 32: hérnias cretinas nas costas, dentes podres, pança engraçada, escrita esdrúxula!
E se aos 31 tinha a sensação de que a vida era um jogo de basquete impossível, e bolei aquela imagem cretina da bola que não cabe no aro.
Me ocorre agora que o amor é uma espécie de k.y sacana que permite que se converta os pontos.
Então valeu seus putos de sorte!
Bato continência pra um montão de gente então, em especial, minha querida vó Cecília, que se foi, mas tá sempre comigo em pensamento e amor que nunca esgotará, minha garota, linda, negra, divertida e inspiradora como as noites de verão e o meu pivete safado.
Ah, foda-se Mendel, nunca entendi a história das ervilhas e a tabelinha. Talvez meu cérebro seja uma ervilha.
Hoje é meu dia e como tô todo pimpão me permito delirar: Ah nada demais, só sou um velho safado-forever young!

terça-feira, 19 de julho de 2011

EXAME DE OB E A SALVAÇÃO (Tommy Wine Beer)






"Faz de conta que além da estrada torta uma rosa murcha e morta reviverá" (Zeca Baleiro)





E que stress filho-da-puta submetem o guerreiro nesse famigerado sacana exame de OB!
Primeiro pq. se gastou muita grana no curso. E aí tu te forma e fica marcando passo, chupando bala ... E roda por 3, 4 questões.
Hora da RESIGNAÇÃO! Como diz o Brown no rap "Mundo Mágico de ÓZ":
"Aí fudeu, fudeu, decepção essas hora... a depressão quer me pegar vou sair fora"
Hora de realizar um estudo mais reflexivo até a próxima prova. E praticar um pouco de INTERDISCIPLINARIEDADE: sexo, literatura, basquete...
Uns pitacos livres e néscios sobre arte então: bah, muito massa o filme novo do Woody que não é o Guthrie, mas que também tem uma arma que mata fascistas!
Não tinha gostado do "Wicky, Cristina e Barcelona", apesar do inesquecível beijo entre Scarlett Johansson e Penélope Cruz. Uau!
É que nem gosto muito de filmes pra ser mais sincero. Exceto pelos filmes sobre escritores e basquete. E esse Meia-Noite em Paris é muito do caralho!
Um escritor envolvido com Hollywood (quase um John Fante então né!) entra numa trip louca, volta no tempo e encontra seus ídolos literários: Hemingway (o velho barba de rato, como diria o Buk) e o Fitzgerald.
E depois de um mês na seca de literatura, tô atrás dos seguintes autores: Auster, Houellebecq e Roth (que não é o Celso Juarez). Antes vou tentar ler "Casais Trocados" do John Updike. O cara que, segundo um personagem do Norman Mailer em "Os Machões Não Dançam", fez a melhor descrição de uma XOXOTA de toda a história da Literatura.
Então salvem as crianças e os livros primeiro!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Uma Canção de Amor para Camus (Uéslei Screeth)









" A filosofia, ou melhor, o 'filosofear' e a morte, também, eis aí duas categorias deveras democráticas! Oh, pena não se poder dizer o mesmo do sexo e das bebidas!" (Tommy Wine Beer)







O que é humano é limitado, mas o que temos para acreditar que há algo além disso? Não temos para negar, mas também não temos nada concreto para acreditar. Fora disso o que há é esperança, e esperança é uma coisa humana, promessa dita ou subentendida, é a manifestação de um desejo acima de tudo. Desejo acima disso que nos põe desnorteados no mundo sem nos dizer por que nem para que, desejo de que tudo se esclareça. Não temos os instrumentos para responder, mas temos um espírito inflamado para perguntar. Temos pressa, a única prova da experiência é de que vamos morrer. Queremos muito viver. Aprendemos isso (o corpo sabe disso) antes de apreender a pensar. O primeiro impulso é viver, permanecer vivo, independentemente do porquê. O corpo diz "viver", e faz o que pode para isso. É o Espírito que pergunta "viver para que?" ou "o que é viver?". E pode se alucinar com o desespero e desistir da vida, ou se desvairar com a esperança e viver para além da vida, abdicando da própria vida única que efetivamente conhecemos.
 
 
Absurdo: Viver? Viver pelo prazer? Viver sem evocar o passado nem esperar o futuro, viver a única vida do presente contínuo. Viver ciente da dúvida e da morte, e, apesar de tudo, procurar o prazer? Quer dizer, esquecer o porquê e o para quê, aquilo sobre que não temos de onde tirar resposta. Penetrar apaixonadamente então em tudo que é dos nossos próprios limites, a condição humana em si. É o mesmo que dizer na aventura humana e nas paixões humanas, pois isto é completamente humano e nada mais que humano. Essa é a revolta absoluta contra a divindade que não é deus nenhum por não ser nada mais do que aquele "eu não sei". É o "eu não ligo". Mais não é o "não me importo", é o "não me interessa aquilo que não posso saber", é abdicação do que desconheço, e ao mesmo tempo empatia para com aquilo que, embora não seja eu mesmo, é da minha mesma natureza: a mulher que precisa vender corpo, o indivíduo que vive nas marquises por vergonha de voltar pra casa ....