sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Kryptonita (Sannio Carta)




Estava assentado sobre os meus calcanhares.


Por um momento pensei em rezar. Mas logo em seguida me voltei aos meus pensamentos.

Semana passada me sorriram. Daquele tipo de sorriso que tem ares de promessas.

Semana que vem.Talvez volte a ver seu sorriso.

Revelo aos presentes:

"Mais uma vez venho a falar das moças"!

Mas do quê mais eu posso falar?

É minha culpa ter nascido quase irresistível ao sexo oposto?

Não! Não é minha culpa!!

A culpa é de vocês... homens!

Tão grosseiros, indelicados, egoístas e péssimos amantes.

Talvez seja eu. A compensação do universo para com as mulheres.

Talvez seja eu o herói de cuecas, com a toalha de banho enrolada no pescoço.

"Para o alto e avante! E fora a disfunção erétil"!

Mas não é de todo perfeito a obra da criação.

Perfeitas são as histórias de finais felizes.

Bom... felizes para os heróis ao menos.

E todo herói que se preza.Tem o amor de uma "moçinha".

Irrestrito. Solene.

Ou deveria ser assim.

Mas toda boa moçinha.Tem dúvidas, medos e uma espécie de admiração que distorce o platonismo.

Fosse eu este "homem de aço". Escrito nessas poucas linhas.

Seria "ela". A tal moçinha.

Minha doce e letal criptonita.