domingo, 17 de novembro de 2013

Em Teu Seio (Sannio Carta)




Miado sem jeito no calabouço escuro de tuas façanhas
Me arranhas
E eu me recolho com medo
Cedo almejo, leio calejo, freio
Não me deste o mínimo
Arrependida  arrastou-me das raparigas, das bebidas
Mas não do bar
Hei de voltar e voltei
Sei que não gostas, ao contrário repudia
Meu andar de costas, meu calcanhar nas tuas meias frias
Me confortou do pesadelo
Meu Deus, teve receio
E eu apostei, eu não sei, eu só creio
Daria um rim se pedisses
Daria um fim se quisesses
Mas não posso, ao te olhar, eu remoço
Não almoço
Morro enfim sem um fim, partido ao meio
Sem perdidamente poder voltar
A morar em teu seio