Por Renato"Hell"Albasini
O dia, com o Sol à pino coroa sua sombra no meio da avenida, coberta de asfalto e concreto. A ilha de edifícios o cerca. Na ruidosa guerrilha urbana de veículos, você quer apenas ouvir um som novo ou um velho som que lhe faça a cabeça em todos os sentidos, sejam quaisquer um que você queira superativar. Não pretendo ser o senhor da razão, mas expor opiniões que podem lhe render um divertimento.
Uma das verves mais recentes desses últimos anos, final dos 90, início de 2000 até agora surge com força no cenário musical/multimídia latinoamericano. Sons estes que vinham há muito tempo sendo fervilhados na cabeça do saudoso e criativo Astor Piazzola. Considerado um dos pais do Tango moderno onde misturava influências do Jazz com o Candomble e com o próprio tango daqueles de Carlos Gardel. E seus filhos e netos foram crescendo com as novas influências do mundo contemporâneo. Arte acima de tudo. O uso de imagens, eletrônica, tango, ritmos regionais, dança, performances, criatividade de olhos abertos para o que está ao seu redor sem nunca rejeitar ao passado e nem torcer o nariz para o presente estendo as mãos para o futuro. Temos exemplos bem interessantes: Gotan Project, grupo que tocou em Porto Alegre há dois anos num espetáculo memorável. Acompanhados de uma vocalista cantando todas as lamurias e desolações do Tango com suas linhas melódicas doloridas, enquanto ao fundo do palco reinava imagens de filmes, do anos 50, fotografias em preto e branco, cenas de Buenos Aires recentemente desfocadas super saturadas dando expressionismo aos olhos da platéia. E no meio de suas inserções um casal desliza sobre o palco na sensualidade dos passos do tango. O clima noir, com luzes brancas criando auréolas sobre os músicos. Estes, acordionistas, violonistas, violinistas e dois djs com seus macintosh´s dando a batida eletrônica que nos leva do trip hop, hip hop, dance de um conjunto de percussão, na combinação agradabilíssima e interessante. Ouça, veja, La Revancha Del Tango, sem medo. Não se trata de um paquiderme congelado nos seus fósseis, mas na busca que há algo mais a se ver. Grupo argentino( que sempre tiveram esse acervo com a modernidade, não se pode negar) se tornou um dos nomes mais requisitados em trilhas sonoras, shows pela Europa, em Montreux e serviu como referência para muitos grupos no mundo todo. Outro que merece destaque é do sexteto( 3 argentinos e 3 uruguaios) chamado Bajofondo. Eles já têm uma tendência mais comercial, visto o último disco deles Mar Dulce que conta com a presença de Nelly Furtado( Slippery Sidewalks), Elvis Costello ( na linda Fairly Rights ), a rapper argentina Mala Rodriguez ( El Andén ), Juan Subirá(um tango maravilhoso na voz rouca em Hoy), o pop de Gustavo Cerati(El Mareo) entre outros, com uma batida mais ritmada, com mais ênfase ao hiphop, com bateria orgânica, e instrumentos eletrônicos também nos fazem a ouvir uma nova idéia de som. Mesmo que eles tenham enchido um pouco o saco com a música Pa´Bailar que se tornou trilha sonora da última novela da Globo. De resto é interessante saber o que há por aí. Goste ou não o mundo não pára.
Uma das verves mais recentes desses últimos anos, final dos 90, início de 2000 até agora surge com força no cenário musical/multimídia latinoamericano. Sons estes que vinham há muito tempo sendo fervilhados na cabeça do saudoso e criativo Astor Piazzola. Considerado um dos pais do Tango moderno onde misturava influências do Jazz com o Candomble e com o próprio tango daqueles de Carlos Gardel. E seus filhos e netos foram crescendo com as novas influências do mundo contemporâneo. Arte acima de tudo. O uso de imagens, eletrônica, tango, ritmos regionais, dança, performances, criatividade de olhos abertos para o que está ao seu redor sem nunca rejeitar ao passado e nem torcer o nariz para o presente estendo as mãos para o futuro. Temos exemplos bem interessantes: Gotan Project, grupo que tocou em Porto Alegre há dois anos num espetáculo memorável. Acompanhados de uma vocalista cantando todas as lamurias e desolações do Tango com suas linhas melódicas doloridas, enquanto ao fundo do palco reinava imagens de filmes, do anos 50, fotografias em preto e branco, cenas de Buenos Aires recentemente desfocadas super saturadas dando expressionismo aos olhos da platéia. E no meio de suas inserções um casal desliza sobre o palco na sensualidade dos passos do tango. O clima noir, com luzes brancas criando auréolas sobre os músicos. Estes, acordionistas, violonistas, violinistas e dois djs com seus macintosh´s dando a batida eletrônica que nos leva do trip hop, hip hop, dance de um conjunto de percussão, na combinação agradabilíssima e interessante. Ouça, veja, La Revancha Del Tango, sem medo. Não se trata de um paquiderme congelado nos seus fósseis, mas na busca que há algo mais a se ver. Grupo argentino( que sempre tiveram esse acervo com a modernidade, não se pode negar) se tornou um dos nomes mais requisitados em trilhas sonoras, shows pela Europa, em Montreux e serviu como referência para muitos grupos no mundo todo. Outro que merece destaque é do sexteto( 3 argentinos e 3 uruguaios) chamado Bajofondo. Eles já têm uma tendência mais comercial, visto o último disco deles Mar Dulce que conta com a presença de Nelly Furtado( Slippery Sidewalks), Elvis Costello ( na linda Fairly Rights ), a rapper argentina Mala Rodriguez ( El Andén ), Juan Subirá(um tango maravilhoso na voz rouca em Hoy), o pop de Gustavo Cerati(El Mareo) entre outros, com uma batida mais ritmada, com mais ênfase ao hiphop, com bateria orgânica, e instrumentos eletrônicos também nos fazem a ouvir uma nova idéia de som. Mesmo que eles tenham enchido um pouco o saco com a música Pa´Bailar que se tornou trilha sonora da última novela da Globo. De resto é interessante saber o que há por aí. Goste ou não o mundo não pára.
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