“Yeah yeah, glu-glu...glu-glu yeah yeah.” Sergio Mallandro
Véspera de natal. No interior da geladeira uma latinha de Heineken vazando, vai pingando gotas de cerveja sobre um peru, de repente o bicho retoma a vida.
Com um chute na porta da geladeira o peru consegue abri-la! Emborca a latinha furada. E rapidamente ele se torna mais forte! Músculos brotam em suas pernas e braços.
Ele abre o freezer e encontra mais cerveja! Bebe meia dúzia de latinhas. Seu corpo começa a crescer. Em poucos minutos o peru-mutante está com um metro e oitenta!
Encontra cigarros na mesa. Camel. Acende um. Quando vai colocá-lo na boca, dá-se conta de que fora decaptado. Então o enfia na bunda mesmo.
Escuta um barulho de passos. Esconde-se em baixo da mesa. Uma mulher ingressa na cozinha. O peru-mutante lhe ataca, mordendo-lhe a teta, arrancando-a fora. Ela cai. Morta. Era Silvana. A empregada da família. 622 pilas por mês. E 300 de crédito no cartão tri.
O peru-mutante sente cheiro da carne assando. Dirigi-se até o forno. Abri a porta. Há outro cadáver de peru no forno. Só que este tá mortinho da Silva! Agora ele está deveras puto! Abre uma gaveta e pega uma faca Ginsu. Como um monstro de seriado japonês dos anos 90, ele se transforma na mulher...
Toma o corredor da enorme casa. Subitamente é surpreendido pelo Dr. Tavares, que o ataca pelas costas, bolinando sua bunda e enfiando a língua em sua boca. E levando a mão do peru até seu pau. Neste instante o peru reage, arrancou-lhe a piroca. Dr. Tavares não iria mais foder ninguém, nem mesmo o contribuinte logrado por seus atos de corrupção na polícia.
Agora transformado no velho tira ele ingressa numa sala contígua. Há uma coleção de armas de fogo. Dirigi-se até as armas. Além de armas pequenas, há uma metralhadora. Com um bilhete escrito: “Encomenda pro Beto Zarolho, chefe da Boca...”
O resto da família joga cartas numa ampla sala, escutando canções natalinas na voz da Simone. O peru invade atirando contra os desgraçados. Vovô Klaus, apologista do nazismo, vovó Ofélia, fã do Aguinaldo Timóteo, tia Dulce machorra enrustida, a matriarca, Antonieta, que escondia coringas na calcinha mijada, o jovem filho, Kiko, blogueiro fracassado, a ninfomaníaca Valerie e tio Jorjão, vereador do DEM, todos morrem em segundos.
Ele toma o charuto da boca de Jorjão e o copo de uísque do vovô Klaus, atira na porra do aparelho de som. Olha para o antigo relógio. Tem que esperar por meia-hora ainda. Deita-se no sofá e relaxa, esperando pela chegada do ilustre convidado.
Estava tirando um cochilo quando ouviu o barulho na chaminé, o velho balofo e indefeso caíra sobre a armadinha com cacos de vidro que o diabólico peru fizera. As ofendículas instaladas tinham feito um belo trabalho. Noel havia batido as botas!
Tomou as escadas que davam pra cobertura. No heliponto estava estacionado o trenó. Girou a chave, dando a ignição e vazou pra Lima, capital do Peru.
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