PARTE 3
Depois de duas horas tomando chá de banco na
delegacia, meu advogado chega.
- Porra Hamílton[1]!
Faz duas horas que eu tô aqui te esperando!
- Pois é... Eu tava esperando a Preta[2]
voltar do mercado com a chave de casa, Sr. Ledo.
- Tomá no cu!- resmunguei enquanto coçava o saco
nunca dantes depilado.
- Porra Hamílton, fiquei mais de meia hora algemado
a um cara pelado, depois tive de responder todo o tipo de pergunta escrota
feita pelos "canas".
Até a imprensa apareceu.
Pelo menos a jornalista era "um rico de um
bichinho". Uma baixinha novata, com os peitinhos ainda apontando para o
céu. Raphaela[3]
era o nome.
Bonito nome.
- É bonito nome... - tapando a boca para não rir.
Mão que na real é um "mãozarrão", mais parecendo uma raquete de
tênis.
- Tomá no cu!- repito o resmungo.
Uma semana depois, livre leve e solto. Tão livre,
leve e solto quanto o Cassidy, que já havia deixado a cidade, mais uma vez.
Wayne Moss, o cara que tinha tomado uma surra do
maluco do Chinaski, acabou assumindo a culpa do homicídio de Andrea
Thomas.
Ao que parece Chinaski desconhecia a complexidade
pélvica de sua antiga amante.
Quanto a mim, despedi Billy, continuei sem receber
os cinquentas mangos que Henri me devia e comecei a sair com uma moça
extremamente atraente (tradução: desinibida sexualmente).
Chamava-se Joanna Cameron,
uma professora pública. Um furacão na cama, diga-se de passagem.
Ela ainda parece estar emocionalmente ligada ao
“ex”, um tal Sannio Carta, um escritorzinho medíocre de um pasquim decadente.
"Agentes da L.O.U.C.A". Agentes da
louca o meu pau!
Cambada de delinquente "filha da puta".
Subo o bondinho, enquanto o vagabundo toca Dylan na
esquina. "Once upon a time you dressed so fine You threw the bums a dime in
your prime, didn't you?[5]"
The End.
[1]
Talvez o corredor de fórmula 1?
[2]
Amigona do cara, parceiros de copo, caminhada e a pessoa que apresentou Sannio
ao seu editor Tommy Wine & Beer.
[3]
Homenagem a
uma blogueira e periodista desta cidade.
[4]
Verso da canção Like a Rolling Stone de Bob Dylan, segundo uma tradução de
internet: Houve
uma época que você se vestia tão bem Você atirava centavos pros mendigos no seu
auge, não é?”
2 comentários:
Batendo uma pra mim. achei que a foto ao final, contribuiu pra estética da história, encaixou como uma luva! E muito bela a moça, à época hein?
Agora a história da mão grande, me ocorre algum tipo piada interna sacana agora, mas não sei se entendi bem. Melhor até abafar o caso! Heheheh!
NEM PRECISA DIZER QUE CHAPEI COM OS IMPROPÉRIOS QUE LEDO DESFERE CONTRA CARTA E A LOUCA AO FINAL!
Espero contribuir para a troca de ideias sobre a história.
Ou não.
tOMMY Wine & Beer.
Ou não.
8)
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