Ontem estava em casa, deitado ao lado de Cássia Lopes numa
sexta-feira fria e chuvosa, estávamos tapados com 3 cobertores e com uma gata
vira-latas sobre nossos pés ajudando no aquecimento.
Eu estava louco para transar, mas acho que Lopes estava
cansada e acabou pegando ligeiro no sono. Mas não era de todo mal, pois estava
frio e estava valendo muito uma companhia feminina, por isso acabei ficando
tranqüilo, ao contrário do que aconteceria outrora em um dia quente.
Bem, como sabia que enfim à noite não me renderia uma rica
foda, decidi me levantar e fazer um chá de limão e apreciar um bom livro.
Peguei um livro biográfico de Kurt Cobain que há poucos dias havia começado a
ler e o chá de limão e me aconcheguei o mais próximo e confortavelmente
possível da negra que estava deitada na minha cama.
Abri o livro, e havia parado de ler no capitulo 4: “O
Salsicheiro de Prairie Belt”.
Neste trecho do livro (início) ainda estava tratando sobre a
adolescência de Kurt, mais precisamente seus 17 anos. Ele vivia entre duas
cidades Aberdeen e Montesano, na qual seus parentes estavam espalhados, e
devido a sua grande rebeldia, seu jeito preguiçosos e vagabundo, vivia nesta
época como um andarilho de casa em casa, sendo expulso pela maioria de seus
parentes (pais, tios, avós) e certas vezes por já não ter mais a quem recorrer
acabava dormindo na rua ou em hospitais. As cidades eram pequenas e viviam da
indústria madeireira, pequena população e conservadorismo extremo.
Este trecho passava-se entre os anos de 1982-83, porém de tão
pequenas, esquecidas e sem atrativos expressivos as cidades tinham mais uma
cara de 1972-73. Por esses e muitos outros motivos, Kurt encontrava sua paz de
espírito na maconha, no LSD e principalmente no álcool que era mais fácil de
conseguir apesar de ser proibida a venda para menores de 21 anos.
Kurt era um rapaz esperto aos seus 17 anos, apesar de muito
preguiçoso e quieto e geralmente roubava bebidas da casa de algum de seus
parentes ou dos pais de algum de seus amigos, mas como às vezes isso não era
possível, além de inoportuno, ele teve que bolar outra maneira de conseguir o
seu etílico, e a solução era “O Gordo”. Um personagem pitoresco que aparece
neste trecho do livro.
Kurt e seus amigos desenvolveram um esquema regular com este
alcoólatra que habitava um dos mais decrépitos hotéis de Aberdeen com seu filho
retardado que se chamava Bobby. O Gordo era mais preguiçoso e alcoólatra do que
Kurt e qualquer um de seus amigos.
O sistema era o seguinte: ele comprava as bebidas para Kurt e
seus amigos, contanto que eles lhe pagassem uma cerveja das mais ordinárias e o
ajudassem achegar ao mercado (que eles chamavam no livro de “mercearia”). Eles
iam até o mercado, pegavam um carrinho de compras e o empurrava até o hotel,
Kurt subia e acordava o Gordo - o quarto era descrito como um lugar
extremamente sujo e fétido, o que me fez lembrar o quarto de Tommy -, o gordo
ficava sempre deitado com sua cueca encardida.
Ao acordar descia as escadas, subia no carrinho e eles o
levavam até a mercearia e comprava os tragos da rapaziada...
Bem logo adiante no livro, há um relato de que Kurt comprou
uma torradeira e deu de presente para o Gordo, que o agradeceu chorando, foi um
dos poucos atos de ternura do Kurt que eu li até agora.
Pouco depois eu fechei o livro e descansei em um sono largo e
sereno ao lado de Lopes. Parecera que haviam passado miseráveis 20 minutos e a
porra do despertador tocava. Estava na hora de trabalhar em pleno sábado, porém
havia passado a madrugada e não 20 minutos, mas é sempre duro para um Wine
& Beer levantar, ainda mais estando acoplado numa negrinha em uma fria e
nublada manhã de sábado.
Acordo com uma
incrível ereção em todas as manhãs (ao contrario de Tommy, que há muito não
sabe mais o que é isso) e logo dou uma “encoxada” em Lopes que aos poucos vai
se ajeitando e arrebitando a bunda em minha direção.
Eu ligeiramente estico o braço e alcanço uma camisinha da
prateleira que fica acima da minha cabeceira que é repleta de preservativos.
Com um pouco de trabalho estico ele vagarosamente ao longo da chonga, para que
não se rasgue nem fique com ar na pontinha. Com o dedo mínimo faço um ganchinho
e puxo a calcinha de Lopes para o lado e taco-lhe a chonga e dou uma boa
transada rápida matinal.
Assim que gozo lanço a camisinha suja para o chão e limpo a
benga nas cobertas, visto meu uniforme e saio, o ar gelado e bucólico da ZS de
Porto Alegre faz com que eu acorde rapidamente. Assim começa o Sábado e mais um
dia árduo de trabalho.
3 comentários:
Aos leitores da LOUCA advirto o seguinte: este é meu primo gus.
Há mais ou menos 5 anos atrás quando bolei a seleção de colunistas para o blog, o inclui.
Bem, contra fatos não costumam haver argumentos, é isso aí mesmo, sua PRIMEIRA COLUNA vou enviada para nós 5 ANOS DEPOIS!
Aproveitem-na, sabe-se lá se a próxima não chegara daqui mais outros 5 anos.
Tommy Wine & Beer - editor chefe.
FDP!!!! A cinco anos atrás ainda não estava apto para ser um colunista do blog!!
Curti bastante. É com certeza um Wine & Beer! O livro do Kurt, parece um livro a ser lido realmente. E quanto há estar apto a escrever para o blog...Basta pagar uma cerveja!
Sannio Carta
Postar um comentário