É MADRUGADA, 6:49
Acordo com o pinto murcho
Segunda-feira 30 de setembro
Me levanto
Meu cérebro ainda dorme
Ato contínuo:
Dentes lavados
Roupa vestida
Sapatos de 30 $ atados
Intestino desopilado
Saio de meu quarto
De meio salário-mínimo
A vitória agora é não estar
Arrasadoramente deprimido
E de ressaca num começo
De semana nublado.
Tomo as ruas
7:30
Sempre bêbado delas
E eis que vejo algo
Absolutamente formidável!
Senão o MAIOR gambá
Das cercanias
(Centro-Cidade Baixa)
Um deles, sem sombra de dúvida
Estátua viva do Grand’s Bar
Na Lima & Silva
Numa das mãos
Não o tradicional copo
Sim uma pasta de trabalho
E no lugar da tradicionalíssima
Cara de bêbado atormentado
Um semblante tranqüilo
O caminhar é arrastado
Denunciando seqüela ou ressaca
De bira
Nunca imaginei que esse tipo
Trabalhasse sei lá podia ser encostado na previdência
Ou sustentado pela mãe ou esposa...
Um vampiro-etílico em plena claridade
Como num ballét
pela Fernando Machado
Parece que por algumas intermináveis horas
O copo vai ter que esperar.
E pela primeira vez
Não me senti absolutamente
Sozinho.
30/09/13
Um comentário:
esse cara frequenta o bar desda época que se bebia Bohemia por 2,25 antes das 18:00 no grand's bar!
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