Dedicado ao "velho buk" e a outros velhos poetas geniais. Tão sóbrios em suas próprias bebedeiras.
Apareço na Cidade Baixa
Apareço na Cidade Baixa
e desapareço com a mesma freqüência
(não que alguém note).
Estou entre os escombros de vicitudes
das balzaquianas mal comidas.
Sou o bêbado deitado na calçada imunda;
e o dono do bar a lavar o seu vômito.
Sou o transpirar de um fora saído do forno.
Das coxas. Do rabo frio, que já fora quente.
Sou o vendedor de amendoins,
vendendo Viagra popular,
pra quem cheirou demais.
Sou o banheiro com a tranca quebrada.
A lua na madrugada. A ressaca na sacada.
O beijo na mulher casada.
O rock de protesto.
A menstruação (que eu detesto).
Sou o pudico e o reto.
O pau e o cu do mundo.
Eu sou um santo e um vagabundo.
Sou a Cidade Baixa,
por mais baixa que ela possa parecer.
4 comentários:
Ficou bacaninha! Extendida então a dedicatória ao pros velhos Charli Abu e Tommy Wine Beer.
Massa o texto velho!
agora Eu não tenho nada contra a menstruação. Digo mais: pra mim ela nunca é um obstáculo ou impecilho.
O foda são os "psiquismos" femininos que a acompanham! Isso é foda.
Ass: Tommy Wine Beer.
Coitadas das balzaquianas... por que 'cê não aproveita que tá à tôa e faz uma delas feliz? rs
Qto mais baixa, mais atraente!
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