"Alguma hora todo mundo tem que
aprender.”
Mesmo que seja ouvindo uma música brega, dos anos oitenta.
Posso ouvir a
aranha tear a sua teia, centímetros acima da minha cabeça.
E a minha saliva escorrer do céu da boca até a língua.
Anseio prematuramente pela próxima visita à Porto Alegre, com a
mesma avidez que admirava alguma jovem amante a retirar a blusa por entre os
braços.
Mas desperto agora com a mesma barba por fazer.
E a "solidão de quem fica, escondido, fazendo fita..."
Perguntas que eu não quero responder perambulam pela minha mente.
E a alma que chama ao ônibus.
Em moderna consideração aos tempos modernos.
Em paradoxo a melancolia que se esconde na borra do café.
E que não pode ser lida nem mesmo por um médium marqueteiro de
alguma emissora a cabo.
Acabo
que tento extrair algum brilho eterno de um pôr do sol esquecido "de um
Guaíba fedido".
A areia da micose.
As pessoas
sentadas em algum pedaço de grama úmida.
Uma torre, com a imponência de um "falus erectus".
Os
tênis desamarrados que já não escondem o seu passado percorrido.
As
risadas das crianças sábias incompreendidas.
As pequenas
trilhas, entre as pedras.
A câmera
desligada.
E tudo registrado em lembranças.
O que muda é o cenário.
A
essência permanece em misericórdia a sua criação paternalista e complacente.
Um comentário:
Texto razoavelmente "antigo", em vista dos sentimentos expostos...
Tatuei um sapo no braço: Uhuuullll!!!
Sannio Carta
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