Viajando... No Olho do Furacão (Tommy Wine Beer)

“You'll never know the hurt I suffered nor the pain I rise above,

And I'll never know the same about you, your holiness or your kind of love,

And it makes me feel so sorry.” (Bob Dylan, em Idiot Wind)

Como um colírio alucinógeno
No olho de um furacão
Sigo em frente...

Quando sou justo
Não preciso de fé
Quando cínico
Independo de justiça
Sou humano,
Padeço de contradições.

Como uma catarata indelével
No olho de um furacão...
Vou adiante!

E não preciso ler os jornais
Pra saber que as mães estão chorando...


E se deus por desídia
Não mais ressuscita os mortos
E nem sequer
Transforma armas letais
Em chocolate alpino
Então a bíblia esta consumida
Por traças do materialismo.

Não preciso ressuscitar línguas mortas
Pra decifrar sentenças
Nem trajar Giorgio Armani
Pra saber que a Justiça
É um gato bobo
Perseguindo seu próprio rabo
(Infestado de ratos);

Como um cisco
No olho do furacão,,,
Eu sigo,
incômodo.

Como uma lente embaçada
No olho do furacão...
eu não posso pensar
nisso tudo agora.

Preciso descobrir um modo
De cateterizar meu próprio coração louco.

Preciso sei lá desentupi-lo
pra mandar amor lá pra dentro
ou talvez tirá-lo de lá!