terça-feira, 25 de dezembro de 2012

UM CONTO DE NATAL (Tommy Wine Beer)



“Yeah yeah, glu-glu...glu-glu yeah yeah.” Sergio Mallandro


Véspera de natal. No interior da geladeira uma latinha de Heineken vazando, vai pingando gotas de cerveja sobre um peru, de repente o bicho retoma a vida.

Com um chute na porta da geladeira o peru consegue abri-la! Emborca a latinha furada. E rapidamente ele se torna mais forte! Músculos brotam em suas pernas e braços.

Ele abre o freezer e encontra mais cerveja! Bebe meia dúzia de latinhas. Seu corpo começa a crescer. Em poucos minutos o peru-mutante está com um metro e oitenta!

Encontra cigarros na mesa. Camel. Acende um. Quando vai colocá-lo na boca, dá-se conta de que fora decaptado. Então o enfia na bunda mesmo.

Escuta um barulho de passos. Esconde-se em baixo da mesa. Uma mulher ingressa na cozinha. O peru-mutante lhe ataca, mordendo-lhe a teta, arrancando-a fora. Ela cai. Morta. Era Silvana. A empregada da família. 622 pilas por mês. E 300 de crédito no cartão tri.

O peru-mutante sente cheiro da carne assando. Dirigi-se até o forno. Abri a porta. Há outro cadáver de peru no forno. Só que este tá mortinho da Silva! Agora ele está deveras puto! Abre uma gaveta e pega uma faca Ginsu. Como um monstro de seriado japonês dos anos 90, ele se transforma na mulher...

Toma o corredor da enorme casa. Subitamente é surpreendido pelo Dr. Tavares, que o ataca pelas costas, bolinando sua bunda e enfiando a língua em sua boca. E levando a mão do peru até seu pau. Neste instante o peru reage, arrancou-lhe a piroca. Dr. Tavares não iria mais foder ninguém, nem mesmo o contribuinte logrado por seus atos de corrupção na polícia.

Agora transformado no velho tira ele ingressa numa sala contígua. Há uma coleção de armas de fogo. Dirigi-se até as armas. Além de armas pequenas, há uma metralhadora. Com um bilhete escrito: “Encomenda pro Beto Zarolho, chefe da Boca...”

O resto da família joga cartas numa ampla sala, escutando canções natalinas na voz da Simone. O peru invade atirando contra os desgraçados. Vovô Klaus, apologista do nazismo, vovó Ofélia, fã do Aguinaldo Timóteo, tia Dulce machorra enrustida, a matriarca, Antonieta, que escondia coringas na calcinha mijada, o jovem filho, Kiko, blogueiro fracassado, a ninfomaníaca Valerie e tio Jorjão, vereador do DEM, todos morrem em segundos.

Ele toma o charuto da boca de Jorjão e o copo de uísque do vovô Klaus, atira na porra do aparelho de som. Olha para o antigo relógio. Tem que esperar por meia-hora ainda. Deita-se no sofá e relaxa, esperando pela chegada do ilustre convidado.

Estava tirando um cochilo quando ouviu o barulho na chaminé, o velho balofo e indefeso caíra sobre a armadinha com cacos de vidro que o diabólico peru fizera. As ofendículas instaladas tinham feito um belo trabalho. Noel havia batido as botas!

Tomou as escadas que davam pra cobertura. No heliponto estava estacionado o trenó. Girou a chave, dando a ignição e vazou pra Lima, capital do Peru.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Cerveja Gelada e Dois Escrotos Fumegantes" (Sannio Carta)




Prefiro pensar que não estamos sós neste mundo. Que cada um possui um mundo individual.

Hoje meu dia começou quando abri os meus olhos. Pelo menos, meu dia neste plano existencial.

Antes eu estava em meu mundo de sonhos. De sonhos fáceis.

Aonde eu ofendo todo mundo sem querer e me relaciono com mulheres razoavelmente inteligentes, promíscuas e mal resolvidas. Não muito diferente do meu mundo consciente...

Embora eu tenha uma cabeça que lembre um crânio extraterreno. Faço parte deste mundo mundano. Desta cueca sem pano.

Donde estamos expostos a nossas vergonhas e fraquezas a todo momento.

Pobre burguês que ri do índio sentado à beira da estrada. E acha super natural dar a bunda atrás do McDonald's.

Fui ao Élio, Sábado. E não tinha Heineken. Não tinha cachorro-quente. Mas estava entre amigos.

Apesar de eu ser comparado a animais lentos e pré-jurássicos. Minha língua estava tão ágil. Que eu acho que poderia, fazer sexo oral em duas virgens simultaneamente. Algo bem improvável...

Aonde eu iria encontrar duas virgens simultâneas (ainda mais na Cidade Baixa)???

Estava naquela noite garoenta (de garoa, inventei a palavra agora...), com um pressentimento agorento que eu não comeria ninguém (e não comi).

Mas estive no Élio, nas ruas multi-coloridas da cidade. Urinei no portão das casas. Fiquei de porre. Me masturbei e fui dormir.

E me falam que a vida não é boa. Para este tipo de pessoa: raspe a cabeça, peça um tempo a quem o consome. E recomece a viver.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Cachorro do Élio, Sannio Carta e Revolução! (Tommy Wine Beer)




O Cachorro do Élio reabriu PORRA!

Há boatos na Cidade Baixa, que o próprio Élio “fretou” um caminhão da Heineken para trazer Sannio Carta de Tapes ainda esse fimDE, pros festejos (re)inaugaratórios!


Nós, os (quase) sem perspectivas de revoluções, sem talento, sem porra alguma, pra lá nos dirigiremos pra beber, comer e bater papo...

Eis uma vitória dos pobres sobre os ricos! A luta de classes também se dá no campo da cultura e economia etílica, vaticino em tese sociológica digna de debate do Cachorro do Élio pós-5ª rodada de cerveja!

Chupa burguesia!

O Cachorro do Élio voltou! (Ângelo Tomiello)




"Reconquistar a força pra remar/ E navegar em mares de cerveja/ Embebedar o medo de arriscar / E navegar em mares de cerveja" (Wander Wildner)


Andava me sentindo um CANCERIANO SEM BAR... agora ouvi e li o boato que o Cachorro do Élio reabriu as portas à sua cliente sórdida maltrapilha mambembe!

Preciso fazer a averiguação in loco!

Não vejo a hora de retomar o convívio da convenção de barrigas decadentes gestando canções e cantadas que é o Élio: o pico mais democrático da CB.

Ah, e o povo enchendo a cara com pouca sabedoria (f.-se!)!

E lambusando a barba pseudo-mendiga na maionese e queijo ralado deliciosos!

Navegar num mar de cerveja barata é preciso pra viver!
Todos ao Élio, a contracultura chinelística de Porto Alegre tem a sua mesquita/sinagoga de novo! Go ahead!