quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Metrópolis" (Sannio C)

           

E na minha distância, uma arrogância em distúrbio
Nesta minha intemperança, meus planos fantásticos
Um apreço no silêncio
Um cansaço dos rosnados intempestivos 
Sempre buscando castigo
Pelos pecados não comentados
Quero mais relva
Matos e pelos
Montes e cabelos
Insucessos velados 
Rio do aborrecimento em injustiça
Lagoa dos sonhos revoltos
Pântano submergido no concreto rachado
Umidade na ponta dos dedos
Travestis satânicas online
Hippies chapadas
E charme
Qual a diferença entre o parque e o punk?
No meio da semana
Toda a indiferença
E a cidade cospe 
Sua espuma que não é a do mar
Que não sabe amar
É só urbana



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