sábado, 10 de outubro de 2009

" O medo é vermelho" (Por In.Sannio)


Eduard sai lentamente do consultório médico.Seu semblante transparece uma angústia que é facilmente percebida pelas pessoas adoecidas no corredor. Seus olhos brilham molhados.E seu rosto parece não ter brilho. Não ter vida!...
Suas mãos suadas alcansam os bolsos do paletó surrado.
O polegar ressurgi primeiro,seguido por um cigarro amassado e pelo seu dedo indicador trêmulo e um tanto sujo.
Uma senhora o encara como desaprovando sua ação futura.(E talvez as passadas!)Deve ter pensado na incoverniência do fato. Nos males obcenos que o cigarro provoca no corpo.
Nos males que o cigarro já provocou.Na sua própria vida.Na vida das pessoas que ama!...O encara com olhar julgoso,com olhar de pena!
Eduard apressa os passos. Procura o elevador.Tenta fugir de tanta dor.Tenta fugir de si! E pára por alguns segundos em frente a janela.Olhando furtivamente os prédios lá embaixo. " Aqui é bem alto!" - Ele pensa. Ele pensa!

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