terça-feira, 10 de novembro de 2009

COQUETÉIS MOLOTOV PARA TODOS, por Renato HELL Albasini

Um ano...Por ai vai...E estamos aqui com a cara de pau que merecemos e os cupins pegando solto...Um ano com idéias, ideias e ideais dissolvidos numa caipirinha sacana de criatividade e atitude.

Brindamos com nossos coquetéis molotov saboreando cada reação ou omissão dos leitores, visitantes e afins....

Estamos abrindo portas e arrombando fechaduras para nos expressarmos...E colocamos de tudo: poesia, música, dicas, sugestões, crônicas, contos, haikais, arrotos e outras formas não tão belas de auto-expressão.

Aqui não é uma revista de variedades, mas uma variedade em revista a todo momento.

Assino aqui sozinho, mas acima de tudo como colaborador....

Então pertença ao nosso mundo e deixe-nos cometer as maiores atrocidades que sua vã filosofia de vida permita....

Uma coisa é certa, não paramos por aqui e isso não é uma ameaça, é uma promessa....

O CENTENÁRIO DE JOHN FANTE (Tommy Wine&Beer)




2009 um ano que pretendo apagar de minha memória e que na verdade venho fazendo isto a custo de muito VINHO e CERVEJA marca uma importante data para a literatura, digamos, “ALTERNATIVA”. Pois bem, neste ano, se vivo fosse, o escritor ítalo-americano JOHN FANTE completaria 100 anos. Para este PULHA, leitor raquítico que vos escreve Fante é uma espécie de PRECURSOR da CONTRA-CULTURA, um PROTO-BEAT!



John Fante não foi um escritor que se debruçou sobre os grandes temas da humanidade. Nem procurou inovar em seu estilo sóbrio. Fante é o vinho barato de garrafa de plástico, o VINHO DA JUVENTUDE (título de um de seus livros), vinho que você bebe na rua, caminhando pela Cidade Experimental (Baixa) com pessoas sem grana como você... e eu não tenho paladar intelectual para Proust, me perdoem. Fante se fizesse rock and roll usaria aqueles três acordes básicos, punk, minimalista, cru, discurso direto cheio de emoção, sentimento e algum lirismo.



Nascido no Colorado lançou seu grande clássico “PERGUNTE AO PÓ” em 1939, em que narra as desventuras do jovem miserável e sonhador Arturo Bandini, aspirante a escritor que se apaixona por uma imigrante mexicana de pouca instrução e chegada em queimar um pouco de erva (algo que escandaliza o ingênuo Bandini de formação católica). Para mim o trecho mais emocionante do livro é o que Bandini visita a biblioteca pública de Los Angeles e fica imaginando seus livros juntos a outros grandes escritores de letra “B”.



A mesma letra “B” de Henry Charles BUKOWSKI Jr. que tinha em Fante um DEUS. Assim como a queridíssima escritora, blogueira, cantora e bebedora de sêmen (cujo gosto ela afirma ser de cola tenaz em alguns rapazes) CLARAH AVERBUCK que tem verdadeira devoção por Fante; e o punk-brega catarinense STUART que busca inspiração de suas geniais canções no velho John. Sem falar desse PARVO que assina esta coluna claro.



Fante também escreveu roteiros pra Hollywood, o que me faz lembrar agora da versão para o cinema de PERGUNTE AO PÓ que eu não gostei muito, mas vale a pena pra ver SALMA HAYEK e seus peitões como Camila Lopes.
Em fim, John Fante para caras quixotescos como eu, é gasolina de montão! Leiam!

domingo, 8 de novembro de 2009

Rota de Colisão by Renato HELL Albasini




Tememos dar de cara com o futuro

tão próximo e inseguro

Inevitável ao passado

Insistentes e inacabados


Sorrimos em fotografias amareladas

Que o tempo distorce com os anos

Nos faz parecer marionetes articulados

Ou bonecos de pano...


Acertamos o alvo

Indo direto ao muro

E protegidos pelo passado

Sobreviveremos ao futuro


Carregados com a violência

De próprias guerras

Utilizando golpes baixos

Em inteligências, deveras....



" Feliz aniversário sua putinha!" (por In.Sannio)‏


Em Novembro de 2008 terminou a gestação dessa escorpiana ninfo-maníaca (e existe outro tipo de escorpiana???) chupadora de rola! Ah...pobre das minhas putas tristes,já diria o poeta!...

Mas quando descobriram sua real filiação pelo teste de dna, fui as lágrimas! Era também eu um dos pais dessa tirana!

Com o anúncio das pensões atrasadas, diminui meu fluxo nas casas de massagens do centro da capital! Me tornei um pai mais presente, mais caseiro...

Faz um ano do nascimento desse tesão de ninfeta precoce! Dessa Lolita com experiência de balzaquiana!

Dessa loba, galinha, piriquita,piriguéti!... Ah (eu suspiro muito)...Um ano! Por essas e outras razões, eu faço questão...Essa próxima punheta noturna...É em sua homenagem!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O DIA EM QUE O SILVA QUEIMOU A ROSCA (Por Tommy Wine & Beer)


Pescoço e Silva formavam uma grande dupla. Uma vez quando o Júnior, filho do Silva, se perdeu na loucura do pó foi o Pescoço que acionou todos os seus conhecidos vagabundos pra achar o moleque. E o Silva, por sua vez, já tinha apoiado o Pescoço resolvendo uns problemas que ele teve com fodas mal dadas.
E sempre que tinha jogo no Beira-rio eles iam juntos. E era uma diversão do caramba! Bebiam antes e depois do jogo e batiam um papo quase sempre tranquilo.
_ “Cara a Mari tá estranha, meio fria na cama!”
_ “Isso passa velho...”
_ “Bah e aquela xoxotinha continua tão apertadinha!”
_ “Isso vai passar ...”
Depois do jogo era a mesma coisa: mais papo e mais trago em algum bar da Cidade Baixa.
_ “O Tyson deve tá fodendo pra caramba... tá sem fôlego!”
_ “ Hehehe... e a velha governadora hehehe ... maior cara de mal comida!”
_ “Hedionda aquela história do puff...”
_ “Escroto mesmo.”
Uma hora depois já estavam ambos de porre. Então chegava o momento do grande desfecho do passeio: mandar bala em alguma vagabunda num apartamento que o Silva tinha ali perto na Lima e Silva.
_ “Cara a Betty foi pra Magistério esse feriado, alguma ideia”?
_ “E a ninfetinha tua estagiária?”
_ “Tá apaixonada por um negão estagiário lá do escritório, essa já era. Mas deixa comigo que vou buscar alguma coisa lá pela Farrapos! Segura aí...depois te ligo, vou direto pro Matadouro!”
E esse era o ritual inafastável destas tardes de domingo depois do jogo no Beira-rio: O Silva ia primeiro e depois dava um toque pro Pescoço arrematar a presa num apartamento que eles chamavam de “Matadouro”.
Só que desta vez o Silva estrapolou no trago e foi possuído por uma estranha ideia. Deixou as garotas de lado, foi até o matadouro e vestiu um estranho traje composto de espartilho, cinta-liga, sapatos vermelhos de salto, máscara da tiazinha e uma peruca.
Silva deu uma última golada grande na garrafa de uísque e ligou pro pescoço e apagou as luzes. Então o pescoço se despediu do resto dos bêbados do bar, só não avistou o Sannio (que nesse momento lia um triste poema pra uma das garçonetes no banheiro do estabelecimento) e se foi.
Pescoço caminhava com dificuldade. Seu corpo já estava cansado, porém sua alma não continha a euforia de ter uma boa foda. Ainda cumprimentou Tommy e Hell que amaldiçoavam as mulheres e as editoras sentados numa sarjeta bebendo um Garibaldi.
Então Pescoço colocou sua cópia da chave na porta do prédio, descolocou-se até o quarto 08 e mandou ver sua sua pica naquilo que encontrara no quarto.
Segunda pela manhã Silva chegou no trabalho com uma ressaca da porra. E pensando “nunca mais vou beber, nunca mais mesmo!” Ligou seu computador, entrou em sua conta do orkut e havia um recado lá do Pescoço: “ Rapaz no próximo jogo quero repetir aquela “janta”! E aquilo doeu mais forte na alma do Silva do que os 15 cms que tomara no rabo.

O ATO ( In.Sannio)


Tava caindo uma chuva do cacete! Resolvi me abrigar embaixo de uma marquise imunda (P$*@ idéia idiota!!).

Tava lá, mais deslocado que biquíni fio dental em bunda de participante de reality show. Eu já estava desconjurando os santos e todos os anjos.

Quando notei o interesse estranho de uma "entidade". Uma velhinha maltrapilha e feia!

Mais bem feia! Ô bicha feia!! Mais feia que bater na mãe! Mais feio que passar a mão na bunda do padre! Mais feia que variz em perna de gorda! Feia mesmo!!!...

E ela (a velhota), me olhou com aqueles olhos que já viram os anos dourados da puberdade de Francisco Cuoco, por uns trinta segundos!

Depois de passados os tais aterrorizantes segundos, a velha abriu aquela boca desdentada. E murcha... Mais murcha que sovaco de madame! Mais murcha que fruta cristalizada! Mais murcha que escroto de aposentado! Murcha mesmo!!!..E com uma voz doce de vovó da novela da seis, disse:- Tá fazendo programa?"

Whath a hell...??!!" - seria o que eu teria pensado se não estivesse tão perplexo! E se não estivesse pensando, se eu deveria comer a velha ou não! Já ia ter ao menos,"o da cervejinha"!... - Rãn!Rãn!! (tosse providencial!) Mas também não deixei por menos... Puxei o pau pra fora e mostrei a desgraça para a velha sodomita!

A velha ficou mais branca que membro da família Jackson! E saiu em frenética disparada (metade dos bóbs da idosa ficaram pelo caminho!). Testemunhas mais tarde contavam a mesma história. Que a velha repetia apenas isso:"- É a cara do Peréio!""- É a cara do Peréio!"

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Napoleão em Trapos- By Renato HELL Albasini


Uma canção, poema, poesia e por ai vai...


Ficou em algum instante no horizonte
Trazendo consigo um pouco de tudo
Para o que estava aqui e se foi para longe
Todas as peças de seu mundo confuso


E ecoaram aplausos
Que ainda não foram embora
Mesmo que soassem falsos
Não saíram porta à fora


Olhando até onde se podia o horizonte
Como se buscasse aquilo que se foi
Nenhuma certeza do que realmente era
Mas sabendo que não deixaria para depois...