terça-feira, 10 de julho de 2012

"Sadness and Sorrow" (Sannio Carta)


O pai verificava os créditos do celular já sabendo que não encontraria nenhum centavo disponível.


Havia uma mensagem no celular. Uma mensagem de uma garota de dezessete anos.

" Eu quero me regenerar! " - ele pensa.



A mãe brilhava radiante ao sol de Domingo. E seus olhos refletiam o céu anil, de nuvens flácidas. E o sol soberbo, com os seus cachos dourados. A roupa justa, suada em minoria.

O olhar que a persegue, da cozinha recentemente limpa.

- Dia lindo, né amor? - O pai pergunta.

A mãe sorri apenas.

Sua elegância indeformável...

O maço de cigarros amassados no "bolso do canguru". Cigarros do Paraguai. Contrabando brasileiro.

E o pai envergonhado em pensamento. O celular que toca. Pensa em atender. Talvez seja o filho.



A vizinha cumprimenta a mãe, pela cerca.

Olha no visor do celular. " Número desconhecido". A mãe o olhava, distante. O toque permanecia. É tarde da noite. É controversa esta noite. Até nas expressões. Nas impressões da namorada.

- E aí, Jehny?...

Diz o filho.

Do pai. Da mãe.

O filho. Continua:

- O pai não atendeu o celular?

-Não! Tô tentando desde o meio da tarde - diz a namorada.

A casa dos pais, vista de longe. O pai não está. A mãe bebe um cálice de vinho.



Em outro canto da cidade. O carro do pai, mantém o motor ligado.

O filho coça a perna, por baixo do gesso. A namorada acena negativas pela janela. O filho se aproxima dela. O pai arranca com o carro. O vizinho assiste Naruto. O celular toca. A mãe atende.

- Quem é?


2 comentários:

Agentes da L.O.U.C.A disse...

É impossível matar cadáveres! Voltamos Carta, Hell e quem mais ousar!
Tommy Wine Beer.

Sannio Carta disse...

A elite blogueira deste estado, que compre "Omeprazol".
Engula e digira.
Voltamos!!

8D