domingo, 24 de fevereiro de 2013

Terá Fim O Carnaval Em Mim? (Tommy Wine Beer)




Me acordo 10:00. Mas eu havia ido em casa trocar de calçados? Pego o celular e mando uma mensagem pro Sannio, convidou-o para um café ou uma coca. Ele topa.
Nos sentamos num  buteco da República com a Lima e Silva. Nem coca, tampouco café. Pedimos uma Polar.
Sannio diz: “Na esquina da República, uma República democrática! Uma república ressacada! E nas sacadas sem corpos a vista... sem promessas de um ontem, que já passou! É Grenal em Caxias! E meus olhos não estão vermelhos! Yeah!”
Fomos ao carnaval na Cidade Baixa ontem, uma multidão louca! Perdi  Sannio enquanto fomos  buscar bebida. Segundo está me contando agora, valeu a permuta. Trocou a companhia de um barbudo de 1,80 por uma moça donairosa. E refestelou-se com ela. Sannio Carta “O Venturoso”!
Quanto a mim, bebi minhas cervejas e em transe carnavalizante dancei freneticamente por horas à fio, a ponto de acabar com as botas velhas que usava! Com a intenção de troca-las por um par de tênis COM SOLADOS INTACTOS, fui até meu quarto de pensão (sub-habitação) e APAGUEI! Diabos, perdi as últimas horas do carnaval dormindo! Sempre odiei dormir e fui traído pelo sono.
Agora estamos aqui, exatamente no local onde havia a folia pagã, Sannio Carta O VENTUROSO vangloria-se de seus feitos e proezas,  enquanto eu me sinto enlutado, com a morte do carnaval, e por não poder tê-lo gozado em seus últimos momentos. I AM CREEP!
Pergunto ao Cara o que faço agora? Me guardo pra quando o carnaval chegar?
Ele responde: “ Não! Salvador é aqui! E o Olodum fica bem no meio da redenção!
Se Sannio não estivesse tão mergulhado em seu ego massageado teria feito outra pergunta: terá fim o carnaval em mim? Deixe estar... não quero ativar mais os neurônios cansados de meu amigo.

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