quarta-feira, 23 de novembro de 2016

"Árido Movie E O Pastel Bolado Por Selton Mello" (Sannio)




Desgastado dos filmes de super heróis e igualmente fatigado dos enlatados americanos. Procurei um filme brasileiro para assistir. Prossegui procurando na verdade... Ou não . Havia assistido um filme setentista ou oitentista (Sei lá!) no Canal Brasil (Não era uma pornô-chanchada). "Romance da Empregada". Bom filme. Não vou entrar em detalhes sobre o mesmo. Mas vale o tempo perdido em assisti-lo. Então, o filme me deixou na febre. E eu extremista que sou. Tão logo pensei: " Cara! Vou assistir só filme brasileiro a partir de hoje. E pau no cu do Tarantino!" Já  vinha  intercalando entre filmes brasileiros e outras produções há uma semana. E no êxtase do momento, me pareceu a melhor idéia. Nem pareceu frescura, como a minha breve fase de assistir só  filmes europeus (A maioria filmes com muito gore e humor negro). Catei um filme no YouTube. Por que é de graça e porque também meus padrões não são tão altos assim.
Sobre o título do filme e qualquer ligação com afrescalhamentos blasés. Filme quase que inteiramente rodado no nordeste, com trilha sonora igualmente cabeça chata, pra mim caga fora do penico em uma breve cena onde ousam macular a trilha sonora, colocando de fundo um sonzinho gringo só pra pagar de legalzinho. Como o movie do título. Desnecessária como aquela bronha depois da balada. Sinceramente achei de uma bundice destoante do restante do longa. 
Muitos dos leitores com as pontas dos dedos amareladas e com eles os curiosos. Conhecem "Árido Movie" apenas pelo teaser do filme onde Selton Mello disxava  um baseado. Onde fecha um beck. Escancara um 16, etc. Na verdade o personagem Bob, aperta o chousen. Mas você pode facilmente achar o teaser com o título de Selton Mello ensina a fechar um baseado. Ou algo do gênero. A cena em questão no entanto, presta um deserviço. Pois a seda nem é cortada. E um pastel sem refrigerante se faz presente. 
Indo de encontro a história do protagonista. Temos Jonas, o homem do tempo em um tele jornal de São Paulo. O metereologista desafortunado, logo fica sabendo da morte do pai e parte de Sampa para o árido nordeste para o velório do pai. Pai que era o Pereio (Sou fã!), tive de contar. Spoiler de cu é rola. Foda-se!
E por falar em palavrões. Nem são tantos ditos no filme. Menos de quinze, aproximadamente. O filme mostra a secura do chão do sertão em contraste com a umidade das personagens femininas (Fora as velhotas. ), minto. No pequeno grupo dos amigos de Jonas. Três ao todo. A personagem feminina escondida na fumaça dos baseados fumados por eles, é quase assexuada. Daquelas amigas que você tira pra mano.
Traficantes, capangas sobre motos, uma seita alien e uma indiazinha de largar a família são os atrativos do filme. Tem também a cineasta, barra jornalista ambientalista, barra maconheira que em um dado momento do filme, entrevista o líder da seita alien. E que viagem! O velhote delira de cara o que eu não falo chapado. Ainda por cima parece o Waldo Vieira (Conscienciologista), depois que caiu da bicicleta.
Em resumo: "Árido Movie", um filme pra assistir chapado. Assisti de carinha, confesso. Mas fiquei com a impressão que perdi metade da brisa.

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