terça-feira, 23 de março de 2010

"DO REALEJO DO MACACO CEGO AMANTE SECRETO DAS BORBOLETAS SUICIDAS", por SANNIO.


Créditos:
Edição de texto e seleção de imagem: Tommy Wine Beer.
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PARTE I



“Pléc! Pléc! Pléc!” O barulho daquele salto quinze acabou me acordando.Bem agora que Dalila Cavalcanti ajoelhava-se na minha frente. E abria meu zíper com os dentes.
- Vaca maldita! - resmunguei enquanto levantava a cara amassada pela mesa do escritório.
Não tendo outro caminho, a não ser encarar minha triste realidade. Enfiei a mão calça adentro e deitei minha pemba, mais a esquerda do golfo.
Desfrutava no momento de uma ereção delirante. E já começava a imaginar o tamanho do rabo da vadia que sapateava em minha porta.
“Toc! Toc!" - ecoou na madeira velha da porta.
- Está aberta! - gritei, sem fazer a mínima menção de me levantar.
De repente a porta rangeu, como rangem as portas de filme de horror. E aquela rapariga voluptuosa veio aos poucos se aproximando.
- Posso entrar? - perguntou depois de já estar a mais de um metro e meio escritório adentro.
- Tenha bondade! - respondi, levantando minha bunda obesa da cadeira velha.
- Em que posso ajudá-la senhorita... - e fiquei lá esperando resposta como fazem os detetives das tele-novelas.
- Bone. Júlia Bone! - disse minha mais recente musa.
Uma diva magnífica, que só tornava cada vez mais insuportável à dor nos meus testículos.
Huummm... Eu engolia meu gemido de êxtase solitário, enquanto encarava aquele par de peitos dourados.
- Você é Tomas Ledo?
- Isso mesmo boneca! - respondi o óbvio. Já que meu nome estava na porta e na placa de plástico vagabundo, em cima da mesa.
- Preciso que você encontre meu marido!- disse ("cantou", para meus ouvidos).
“- Puta que pariu!” - pensei.
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2 comentários:

Sannio Carta disse...

Smile!...

Emmanuel Hernutte disse...

Edgar allan poe com narrativa "bukowskiniana"




Yeah!