domingo, 15 de agosto de 2010

QUASE, por Renato HELL Albasini


Quase. Muito, mas quase. Ela estava ali na frente poucos metros, menos que isso e mesmo assim longe. Quase. Quase cheguei perto. Quase esbocei um som que não soasse como um suspiro. Quase a tive ali ao alcance de um polegar que circula o mundo através do globo de plástico exposto na mesa de reuniões.


Quase. Pouco, mas quase. Ela ficou tanto tempo que se passaram três horas para os reais cinco minutos fossem sentidos. Quase. Quase permancei longe. E mesmo assim era tão perto, tão fácil o acesso. Ela maneava os cabelos. Ondas revoltas. Emoções à flor da pele.


Quase. Muito pouco. Porém quase. A tive por instantes. Por horas. Quase. E ela ainda forçou o destino olhando para mim e sorrindo. Quase. Ela dormiu na sua cama abraçada por esperanças e travesseiros. E eu quase pude sentir o seu perfume, enquanto ela sorria em sono profundo.
Quase a tive. Quase dentro dela. E ela, apenas em seu desejo...Quase.


2 comentários:

Anônimo disse...

Delírios anarcotizados! Grande Presença!
Tommy Wine Beer.

Renato "Hell" Albasini disse...

Quase...uma forma de sobrevivência...