quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mil Pedaços, Metaprax e Joe Buck" (Sannio Carta)


"Algumas mazelas desta vida de cão não tem remédio. Algumas nem mesmo tem solução. Por algum tempo procurei encontrar no passado algum caminho que me trouxesse felicidade. Em vez disto encontrei uma placa com o seguinte dizer: Não Ultrapasse. Bem coerente (eu achei)."


Estou jogando damas. Estou jogando mal. Despercebido de uma lógica razoável. É cedo. E eu já estou louco.

Meu adversário mais sincero me encara com o seu temor psicológico habitual. E eu complemento a encarada com ares de superioridade. É só pura vaidade. Eu sei disso. E ele também sabe!


A noite me faz promessas baratas. E minha atenção já busca a rua. Hoje eu quero sair só. Só quero sair e me livrar dessa cena monótona. Me libertar da "sistemática nerdiana" que hoje eu represento tão mal. Tudo é arte da porta pra fora. "Tudo é a arte do bacanal". Poderia ser uma frase dita pelo diretor da peça "Rebuceteio".


Vai dizer que você nunca ouviu falar do filme brasileiro: "Oh!Rebuceteio".

 E você ainda se diz "cinéfilo"? Você, no máximo, deve ser um "pedófilo"!


Filme de 1984, do afamado diretor brasileiro Cláudio Cunha (Diretor famoso. Caximbão. Todo fresco).

Próximo do surrealismo dessa existência. Foi a noite que narro a vocês em meio a pensamentos perdidos, feito filme italiano dos anos setenta.

Afastado o tabuleiro de damas de meus braços, saí a procurar outras damas à abraçar.

Nunca só, sempre um amigo a acompanhar meus passos. A inverter a atenção que necessito. A perceber o meu estado esquisito. E a disfarçar o mau gosto das minhas bazófias. Colega de serviço. Escudeiro escolhido pelo destino. Meu amigo (coitado).

Dancei por um tempo em um lugar de mau gosto. Saltitando como personagem andrógino de livro de RPG. Subtraindo os pares do esquecimento. E somando as conquistas do meu cartel. "Mais uma. Mais uma."

Gozo antes do sol. Calça suja de areia. Mulher no táxi. Tontura.

E outros amigos para caminhar na rua. Trazendo a diferença da tolerância. Pra trazer companhia, a quem dispensa a todas. Sorrisos na minha ingratidão. E tudo parece bossa de novo. Dentre eles havia esse amigo antigo me trazendo notícias de seu mundo. E eu percebendo a maturidade em crescimento em suas palavras. A postura impávida e orgulhosa. Querida e melancólica. Mostradora de respeito (apesar de um rebolar ou outro amais). Se afastando aos poucos. Indo embora. Na boa noite... uma noite boa... "Aaaahhhh!..."

Um comentário:

Anônimo disse...

À propósito: são damas ou taberneiras?